domingo, 29 de janeiro de 2017

Resenha do livro: Como folhas secas - Júlia de Oliveira



Editora: Novo Século
Ano de Edição: 2016
Páginas: 303

Resenha

A história é contada através de Ana Carolina e Antônio Guerra.
Ana Carolina nasceu em Santa Heloísa, uma cidade pacata, tranquila e com poucas famílias. Ana Carolina era criada com muito amor pelos pais, paparicada por todas a sua volta; uma menina doce, alegre, e muito obediente.
Na cidade de Santa Heloísa, todas as famílias se conheciam e gostavam muito de fazer festas e comemorações, principalmente quando uma nova família mudava para lá.
Como a cidade era pequena, logo surgira rumores de  que uma família por sobrenome "Guerra", se mudaria para um casarão do outro lado da estrada, a casa que ficava de frente a de Ana Carolina, separada apenas pela estrada.
Quando o casal estacionou, logo Carol e os pais foram cumprimentar os novos vizinhos, e se depararam com um casal quieto, muito diferente de todos os outros moradores. Eles tinham um filho quase da mesma idade de Ana Carolina.
Logo Ana Carolina e Antônio se tornaram inseparáveis, grandes amigos. Eu simplesmente me encantei com a amizade deles, o carinho, a cumplicidade, a lealdade entre ambos. Esse livro me arrancou diversas emoções, me fez rir e me fez chorar. A amizade entre Carol e Toni era uma amizade muito linda, daquelas que não se vê por aí, regada por dias de leituras, brincadeiras ou apenas conversas. 
Toni sofria maus-tratos, agressões verbais e físicas do próprio pai. Um dia ele criou coragem, já cansado, e contou tudo para Carol, que de início ficou chocada, desesperada, mas não sabia como ajudá-lo.
Daí por diante a coisa foi complicando cada vez mais para Toni, eu precisei me recompor e respirar fundo para continuar a leitura. 
O começo do namoro deles foi incrível, como eu imaginava. Trocas e juras de amor, típico daquela fase deliciosa de quando se está apaixonado.


Bem, diário, está tudo perfeito até agora. Perfeito demais para o meu gosto. Não sou tola, sei que coisas boas assim não costumam durar para sempre e, as vezes, fico me perguntando o que vai acontecer para nos tirar desse transe, desse mundo ideal em que vivemos apenas os dois. Porque, afinal, tragédias acontecem e... 



Foi aí, exatamente após essas palavras de Carol, que o livro para mim passou a ser muito mais do que intenso, e sim trágico.

A história dá uma reviravolta do tipo que eu não estava conseguindo acreditar.
Coisas aconteceram com Toni, a vida judiou muito dele, o que me deixou extremamente furiosa, ele não merecia passar por tudo aquilo. Já Carol, deu uma de rebelde. Mas aos poucos conforme os anos foram passando, a vida de Carol foi entrando nos eixos, mas a de Toni indo para o fundo do poço. O que mais haveria de acontecer com ele? E fora a perda de um personagem muito admirado por mim, que me fez chorar litros e ficar com os olhos todo inchado e vermelho. rs
A leitura desse livro para mim, foi algo inenarrável, eu sorri, chorei, fiquei furiosa com a autora, tive raiva de Carol, e senti um enorme carinho por Toni. Como eu queria cuidar daquele garoto.
Mas apesar de todos os acontecimentos bons e ruins que se apresentaram na vida de Toni, e apesar do final não ter sido do meu agrado, eu amei a leitura, me apaixonei pela escrita e a forma como a história foi narrada e apresentada. Toni teve uma chance de recomeçar, e isso me deixou contente.
É um livro que eu recomendo, mas já aviso de antemão, prepare-se psicologicamente para a leitura, respire fundo, e deixe um lenço por perto.
Ah, e a ressaca literária com certeza irá te visitar... E por dias... rsrs



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